Vagos: Último mergulho nas praias do concelho

No decorrer da época balnear, os banhistas tiveram mais areal disponível e apenas foram registados 15 salvamentos

Coordenado e desenvolvido ininterruptamente, desde há três anos, pelo NEVA - Núcleo Empresarial de Vagos, com o apoio da autarquia vaguense, chegou ao fim o projecto de segurança das praias da Vagueira e Areão.
Com o habitual profissionalismo e de “olhos bem abertos”, os nadadores-salvadores deram anteontem, domingo, o mergulho simbólico, que é o último da presente época balnear. Uma época que, aparentemente, decorreu sem grandes sobressaltos, conforme admitiu, em declarações a uma rádio local, um membro da equipa coordenada por Paulo Anastácio.
Vítor Santos, que cumpre serviço na Vagueira há três anos consecutivos, referiu que “houve mais praia e mais areal disponível”, de que resultou uma maior frequência de banhistas. Tal situação, ainda segundo aquele operacional, terá obrigado a um reforço de vigilância e prevenção, por parte do efectivo de nadadores-salvadores.
Tanto quanto apurámos, de Julho a Setembro, foram contabilizados 15 salvamentos. Números que Vítor Santos considera não serem “muito exagerados”, tendo em conta as “correntes perigosas”, que as praias de Vagos tiveram ao longo da época.
A situação mais complicada ocorreu a 22 de Julho, na praia do Areão, quando um indivíduo, de 50 anos, foi alegadamente arrastado pela corrente, com o filho, de 17 anos. A operação de resgate foi delicada, mas teve sucesso. Temendo o pior, um dos veraneantes solicitou a intervenção da Polícia Marítima e dos Bombeiros de Vagos, o que originou enorme aparato no local.
Dias antes, também no Areão, um homem de 48 anos, residente em Mamarrosa, foi encontrado inanimado junto à beira-mar, em situação de paragem cardiovascular. Tratado no local, o episódio teve desfecho feliz, por se encontrar perto um bombeiro da corporação de Vagos e uma médica que presta serviço nos Hospitais da Universidade de Coimbra. Já na praia da Vagueira, os nadadores-salvadores resgataram do mar pai e filha, com 44 e 12 anos de idade, respectivamente.
De referir que a situação de “correntes de mar”, que acontece geralmente com as marés vivas, cria alguns “agueiros”, e passa despercebida à grande maioria dos veraneantes. Segundo o coordenador dos nadadores-salvadores, Paulo Anastácio, “verifica-se que os banhistas costumam aventurar-se em demasia, sem acatar à primeira as ordens ou conselhos dos nadadores-salvadores”.

Fonte: Diàrio de Aveiro