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Vagos: Festival do Moliceiro com sotaque espanhol

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Mensagem  Admin Ter Ago 05, 2008 12:10 pm

Dificuldades na apanha de moliço podem, no futuro, inviabilizar o certame, que comemora as “bodas de prata” no próximo ano

Nem metade do frete pagou, que terá custado um dinheirão, mas mesmo assim superou o leilão do ano passado. Arrematados “como antigamente”, pelo presidente da colectividade organizadora, João Agostinho (Padeiro), os dois montículos de moliço renderam 200 euros, depois de alguns renhidos “picanços” entre os costumados saudosistas de um passado longínquo.
Cumprido o ritual, que se repete há mais de duas décadas, a tarde de anteontem foi de festa no antigo cais das Folsas Novas, onde se juntaram algumas centenas de simpatizantes deste tipo de evento, único na região lagunar. Muitos deles aproveitaram, com ondas de emoção, a boleia de um dos barcos de serviço. Cinco no total – quatro salineiros e um moliceiro –, alugados como habitualmente no concelho da Murtosa, e que a meio da tarde partiram do cais da Gafanha da Boavista, no concelho de Ílhavo, deslizando, serenos e altivos, ao longo da chamada “A17 lagunar”, até Vagos.
Organizada, uma vez mais, pelo Grupo Folclórico de Santo António, a edição de 2008 do Festival do Moliceiro, que para o ano assinala as “bodas de prata”, contou com a participação dos ranchos Regional do Sorraia, Folclórico de Seia e Santa Cristina do Couto (Santo Tirso), para além do grupo da casa. Presente esteve, também, o Grupo Folklorico Solera – Málaga (Espanha), que actuou em último lugar.
Com um custo superior a 6.500 euros, o evento é cada vez mais difícil (e dispendioso) de realizar. Segundo Manuel Pereira, membro da Direcção da colectividade de Santo António de Vagos, só o aluguer de cada barco “custa 500 euros, cem contos na moeda antiga”.
Quanto ao antigo fertilizante é sempre uma “guerra” para o conseguir. “Quem o apanha tem de andar duas semanas à sua procura, nas valas”, explicou aquele dirigente, que para o ano se compromete a fazer uma festa “ainda maior”.
Apreensivo com as condições em que se encontra o antigo cais de acostagem, Manuel Pereira admitiu que “não tem sido fácil sensibilizar” as autoridades que tutelam aquele local. A excepção é mesmo a Câmara Municipal de Vagos, a qual, segundo referiu, se comprometeu a consolidar os muros do cais “que estão a cair”.
Isso mesmo foi confirmado pelo vereador Fernando Capela, o único que aceitou o repto de fazer o percurso de barco, ao longo do Rio Boco. Em declarações ao Diário de Aveiro, aquele autarca disse que a intervenção dos serviços operativos da Câmara vai avançar, mas apenas “depois das férias”. “A ideia é fortificar, no mínimo, os muros de suporte, e pôr a nu os quadrados de granito da via de acesso, que se encontram enterrados”, concretizou, acrescentando que também vão ser plantadas árvores.
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